COMO VENCER A CRISE NADANDO CONTRA A MARÉ?

Este artigo, diferentemente dos que, normalmente, costumo publicar, traz um teor mais “agressivo”, estando voltado para quem tem perfil empreendedor, mesmo sendo colaborador. Não é recomendado para quem esteja passando por transtornos psíquicos (depressão etc.). No final desse texto, trago uma dica poderosa de como quebrar objeções e mudar seu padrão mental de vítima das circunstâncias para solucionador dos problemas.

PS: Recentemente me perguntaram porque não escrevo textos mais curtos, uma vez que a maioria das pessoas tem preguiça de ler. Respondi que não escrevo para os preguiçosos, mas sim, para quem quer verdadeiramente fazer a diferença na sua vida. Boa leitura.

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Geralmente na crise, tendemos a economizar, o que está parcialmente correto. Porém, existe uma diferença crucial entre gastos e investimentos. Quando pago por algo que poderia ser eliminado ou diminuído por não fazer diferença na minha vida, são gastos. Mas quando pago por algo que me traz crescimento e resultados, trata-se de investimento. Logo, eu devo cortar o supérfluo, mas não o necessário.

Caso você seja funcionário ou empresário, saiba que investir em conhecimento é estritamente necessário, pois, por mais duro que possa parecer, o fato de você querer ter algo na vida que ainda não tem, é porque precisa aprender ou mudar algo que ainda não sabe ou não mudou.

Portanto, mesmo desabonado, devemos encontrar os meios necessários para nos desenvolvermos enquanto pessoa física ou jurídica, uma vez que não é a falta de dinheiro que nos impede de adquirir conhecimento, mas sim, a falta de conhecimento que nos impede de ganhar dinheiro.

É sabido que nada acontece antes de uma venda e que o marketing é a alma do negócio. Nesse sentido, se não invisto na minha imagem ou equipe, será difícil ser lembrado, se não formos vistos e validados. Sei que, com a crise, passamos a adotar contenções de despesas, mas só não devemos investir em algo que não converta. Logo, o lance é testar, acompanhar e validar o retorno sob o investimento.

Porém, o medo nos traz objeções que estão diretamente ligadas as nossas incertezas sobre os resultados. Até porque, se for algo relevante na sua vida ou que você confie plenamente na oportunidade, acredite, a objeção desaparece e você dará um jeito. A exemplo, digamos que, você vive a dizer que não tem dinheiro para nada, mas, certo dia, deu a doida em um bilionário, e ele resolve desfazer-se de um apartamento dele que vale 1 milhão, oferecendo-lhe por apenas 50 mil reais. Nessa hora, você fecha a compra ou não?

Não sei quanto a você, porque respeito a subjetividade humana. Mas sou capaz de apostar, que eu e a grande maioria daria um jeito para arranjar esses 50 mil, seja tirando de um investimento, vendendo um carro, pedindo emprestado, arranjando um sócio investidor, recorrendo a familiares ou empréstimos bancários etc. Enfim, a objeção num instante desapareceria, porque a oportunidade é tremenda e iríamos lucrar 950 mil reais rapidamente.

Desta forma, compreenda, que quebrar objeções é a principal competência de um empreendedor ou um protagonista da sua própria existência. Devemos escapar das desculpas e justificativas, pois empreender é fazer acontecer, logo, para todo problema, devemos encontrar uma solução.

Por isso, falta de dinheiro ou de tempo para investimento pessoal ou profissional, ocorre quando não estamos convictos de que a oportunidade ofertada é transformadora e vantajosa. Sendo assim, na dúvida, permanecemos na nossa zona de conforto e não percebemos que o mérito está na ousadia e no esforço.

Sei que é difícil mudar e até mesmo arriscar quando os recursos estão escassos, no entanto, retornamos ao paradigma de quem nasceu primeiro: “O ovo ou a galinha?”. Ou seja, não tenho tempo para fazer um curso de gestão de tempo, ou o fato de não ter feito o curso é que faz com que eu não saiba organizar meu tempo? Não tenho dinheiro para fazer um curso de gestão financeira, ou é a falta desse conhecimento que me faz não saber administrar meu dinheiro?

Enfim, embora possa novamente parecer doloroso, acredito piamente, que nós somos causa e não consequência das circunstâncias. Temos que nos responsabilizar, até porque, somos frutos das nossas escolhas. Decisões essas, que não são fáceis, porém necessárias para mudarmos a nossa trajetória, quando indesejada.

Não se trata de sentir-se culpado, mas sim, responsável por todo processo de transformação. Deixar de ser vítima e assumir o leme da sua embarcação, com tempestade ou não. Dentro dessa perspectiva, o que está em jogo aqui, é você se perguntar, qual dor prefere enfrentar: A dor do crescimento ou a dor da permanência?

Partindo desse princípio, quando eu oferto meu serviço para um possível cliente e recebo algum tipo de objeção, geralmente, eu não insisto, deixo-o a vontade, pois dificilmente terei êxito com quem não quer “pagar o preço”, isto é, ainda não está confiante da sua mudança ou certo da oportunidade de transformação que o processo pode lhe entregar.

Além disso, nem sempre a objeção é sobre o produto ou serviço ofertado, mas pelo receio que a pessoa traz de não fazer o que precisa ser feito. A exemplo de quem paga uma academia para melhorar o físico, mas dificilmente aparece. Ou vai na nutricionista, mas não segue a dieta. Você conhece alguém assim?

Por isso, corroboro com a frase que diz: “Quem quer dá um jeito, quem não quer arranja uma desculpa” (Salve casos patológicos). Pois, não adianta convencer ninguém, que ainda não esteja comprometido com a sua mudança, ou cujo propósito não seja maior do que qualquer objeção. Porque querer, praticamente todo mundo quer viver uma vida abundante, mas são poucos que se comprometem e dão um jeito para fazer o seu projeto acontecer.

Perceba que se tratam de dois grupos completamente diferentes, os que apenas dizem querer e os que de fato estão dispostos a se comprometer. Caso você queira saber a qual grupo pertence, basta listar o que você tem feito diariamente para crescer?

Nesse sentido, compreenda a dimensão temporal da vida. O seu estado atual é resultado das escolhas que você fez no passado. Assim como, o seu futuro será resultado das escolhas que você está fazendo AGORA. A exemplo: Ler ou não ler este texto chato até o final? Eis a questão (reflita).

Logo, entenda, que para se alcançar a prosperidade existe um caminho a ser percorrido, e que esse trajeto nem sempre será asfaltado. É nessas horas que a vida irá lhe “dizer”: TE VIRA, porque se fosse fácil, todo mundo seria bem sucedido (realizado).

Em suma, se existisse uma faculdade para formar empreendedores, certamente não faltariam as disciplinas: Como levantar capital 1, 2 e 3 – Como arranjar tempo 1 e 2 – Como prover recursos através do esforço, criatividade e persistência 1, 2 e 3 etc. Porque, volto a dizer, empreender, é fazer acontecer.

Se você não encontra meios para investir em você já na LARGADA do processo, como encontrará recursos para enfrentar os inúmeros obstáculos físicos, mentais e contextuais que surgiram pela frente, antes de ultrapassar a linha de CHEGADA? Afinal, o seu sucesso está intrinsicamente ligado as suas competências e a autoconfiança de quem tem a plena convicção dos seus resultados.

Posto isso, empreenda para ter recursos, em vez de esperar por recursos para só então empreender. Nade contra a maré da grande maioria que tende a se vitimizar e terceirizar a culpa dos seus infortúnios, esperando a crise passar para tudo se resolver. Seja ativo e não passivo. E o principal, mude o seu PADRÃO MENTAL.

Talvez hoje, você seja um para-raios de problemas, enxergando dificuldade em tudo e em todos. O que dificulta a sua transformação. No entanto, quero propor-lhe um exercício para mudança desse padrão, em que você irá se tornar um PARA-RAIOS de SOLUÇÕES.

Para tanto, a dica é para você fazer “A Lista das 50 Opções”. Ou seja, quando surgir um problema seja de qual ordem for, pegue uma folha em branco e enumere-a de 1 a 50. A partir desse momento, em vez de se prender ao problema, treine sua mente encontrando 50 ações que possam solucionar seu dilema.

A exemplo, se for falta de dinheiro para investir em um curso ou numa viagem, comece a pensar nas soluções: a quem pode pedir emprestado; o que você pode vender que já não usa mais; que serviço a parte pode oferecer para ganhar um extra; usar programa de milhas do cartão para viagem; a quem pode apresentar e vender um projeto, cuja devolutiva pelo investimento seja uma sociedade; o que você pode cortar para começar a economizar que não seja prioridade nesse momento etc. Por fim, esgote a lista até 50, pois a ideia é forçar sua mente, condicionando-a para o padrão de quem sempre procura por SOLUÇÃO em vez de lamentar-se pelo problema.

Márcio Vaz
Palestrante, Psicólogo e Coach
www.marciovaz.net

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