Falsidade no trabalho – Lobo na pele de cordeiro.

Em um sistema capitalista, altamente competitivo, somos “educados” para conviver ao lado dos nossos “adversários”. Afinal, o foco do capital, é o lucro, logo, vence quem sair lucrando sobre o outro. Não obstante, atendo clientes, cujas queixas principais são de insatisfação no “trabalho” devido aos maus relacionamentos mantidos com a chefia ou com a “equipe”, no caso, grupo de trabalho. Entenda-se por grupo, a presença de duas ou mais pessoas em um ambiente, e, por equipe, a união de duas ou mais pessoas em que os resultados corporativos são efetivos. Porém, chegar ao patamar de equipe, não é um objetivo fácil, basta parar para pensar, que você foi culturalmente treinado para a competitividade, seja em casa, esportes, escolas, vestibulares, concursos, seleções de emprego, promoções de cargos, fechamento de metas, enfim, você sempre terá que ser o melhor para garantir o seu lugar ao sol (vaga, reconhecimento, status etc.). Portanto, uma garantia já é certa, no mundo corporativo, muitos irão lhe enxergar como um oponente. Como se não pudesse piorar, já piorando, as pessoas com quem lidamos gozam de características e personalidades diferentes, construções também decorrentes dos meios de convivência. Logo, não há de se estranhar que, nós ou entre nós, estejam os fofoqueiros, os mentirosos, os sem noção, os indiscretos ou indelicados, os curiosos ou metidos, os puxa sacos e os tão temidos puxadores de tapetes, vulgos lobos em pele de cordeiro. O tipo de colega que festeja a sua chegada, mas na sua derrocada, festejará mais ainda. Embora esta seja uma realidade comum, não devemos nos abater ou mesmo nos vangloriar, pois também estamos passíveis de errar. Caso você identifique um lobo na pele de cordeiro, tentando puxar o seu tapete, não o julgue ou abra mão da sua natureza para descontar na mesma moeda, pois aquilo que condenas não pode lhe contaminar e passar a fazer parte de você. Do mundo e das pessoas, temos que absorver o melhor e se esquivar das suas fraquezas. Evite contar sua vida pessoal no ambiente de trabalho e, no que diz respeito a sua vida profissional, faça a sua parte com responsabilidade e foco nos resultados, porque desse modo, não abrirá margem para que tenham o que falar mal de você, nem irá criar motivos para se envergonhar ou se arrepender. Quanto às fofocas maldosas e infundadas, não faça alarde, porque fatos sem dados tendem a apagar-se por si só. No máximo, chame a suposta “ovelha” para conversar em particular ou leve sua inquietude ao conhecimento de uma instancia hierárquica superior, tendo em vista que, o que não pode acontecer é você entrar no jogo e perder o seu equilíbrio emocional. É complicado mudar os outros, mas podemos nos modificar e aprender a lidar com as diferenças, amadurecendo, nos fortalecendo e agindo estrategicamente para contornar os conflitos. Mais do que teoria, a melhor forma de aprender, é convivendo. Apesar de, atualmente, utilizar-me dos conhecimentos da psicologia e do coaching nas minhas palestras e treinamentos, quem, de fato, me habilitou para a “condição” de “Expert” das relações, foi a faculdade da vida, ao ter que depender 100% dos outros até para me locomover. A tetraplegia para alguns, pode ser motivo de revolta e conflitos tanto internos quanto externos, mas para um bom aprendiz, o ensinará que para depender terá que saber conviver, pois nossas diferenças não estão contidas apenas na aparência física, mas igualmente no nosso modo de Ser, Pensar e Agir.

No próximo artigo irei discorrer o que nos torna diferentes, para que possamos através da compreensão e não das regras, aprender a respeitar e lidar com as diferenças.

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