GESTÃO DE PESSOAS – Você Sabe Se Comunicar?
Completo aqui o ciclo de três artigos sobre: Gestão dos Pensamentos, Gestão do Comportamento e AGORA Gestão de Pessoas. Iniciei com textos referentes a autogestão, porque acredito que, se você não consegue dar conta de si, como pode querer gerir a vida do outro? Seria o mesmo que pedir para uma criança tomar conta de um adulto – vai faltar repertório e competências, até porque, cada um só dá o que tem, logo, temos antes que SER para depois PODER SERVIR de EXEMPLO para ALGUÉM.
Vimos em um texto meu recente, que bons líderes ou pais, não podem mais discursar o velho – “Faça o que mando, independentemente do que faço”, pois os exemplos direcionam mais do que palavras. Porém, hoje irei tratar de outro contratempo em Gerir Pessoas, que é o saber contornar problemas e conflitos provenientes do convívio com as diferenças.
Seja em casa ou no trabalho, gerir e conviver com pessoas não é uma tarefa fácil. Afinal, precisamos desenvolver nossa inteligência emocional para prover um bom relacionamento interpessoal. Se conviver com as diferenças fosse simples, não teríamos tantos conflitos familiares e corporativos, já que somos regidos por normas que prezam o bom convívio social. No entanto, se sigo regras por receio de punição e retaliação, o meu respeito não é voltado ao outro, mas sim, ao medo das consequências. (Exemplos: se respondo aos meus pais, apanho / já se desrespeito meu chefe, sou demitido). Logo, “controlo” minhas emoções e reações, devido as regras familiares, sociais e institucionais que me são impostas.
O grande problema é que, ao “engolir sapos”, adoeço ou perco o controle sobre quem sou responsável. Por isso, seja na condição de líder ou de liderado, faz-se necessário certa flexibilidade e saber se comunicar. Quando sofri meu acidente, tornei-me 100% dependente, ao perder os movimentos de braços e pernas. Eu ainda mal sabia, mas o meu maior desafio seria, conviver com as diferenças, sem ter “nenhuma” autonomia, pois, até o simples ato de me coçar, eu teria que delegar. Sendo que, conviver com o outro, já não é uma tarefa fácil, que dirá em uma relação de total dependência – 24 horas.
Porém, independentemente do que a vida lhe reserva, o que irá definir seus resultados, será sua escolha entre Resolver ou Reclamar do inevitável. Posto isso, trago como exemplo, meu convívio com um ex-cuidador, recém chegado. De personalidade forte, para não chama-lo de “cavalo batizado”, tive meu primeiro contratempo, em uma viajem, quando ao mencionar que chegaríamos atrasado a um compromisso, ele “quase me engoliu”, ao responder de forma ríspida: “Se estiver achando ruim, contrate outra pessoa e pi, pi pi…”. O pior de tudo é que não dava nem para discutir ou demitir, pois eu seria abandonado ali, dentro de um quarto. Todavia, cheguei a uma conclusão: “Essa pessoa não ficará comigo, nem mais uma semana, pois vou selecionar outro para seu lugar”.
No entanto, contratar cuidador – é algo bem complicado, por isso, eu teria que “aturá-lo” por um período indeterminado. Mas, com o passar do tempo, por conta do meu comportamento, pude perceber nele, algumas mudanças. O fato de não rebatê-lo com a mesma ignorância, e por ser monitor de um grupo religioso, do qual ele começou a participar, fez com que seu temperamento comigo, abrandasse, quando passou a me admirar. Entre nós, já não havia mais conflitos, porém, como ninguém muda da noite para o dia e nem da água para o vinho, ele continuava grosseiro com as pessoas ao redor, o que me constrangia, devido o choque de valores.
Até que um dia, ao me sentir mais uma vez constrangido, cheguei ao meu limite e chamei-o para conversar. Disse-lhe que não daria mais certo, trabalharmos juntos, pois me sentia péssimo com suas ações, e, comecei a enumera-las. Foi então, que dessa vez, ele me deu uma lição, ao dizer: “Como eu posso mudar, se você não reclamar?” e complementou com o ditado: “Quem não chora, não mama”. Naquele momento, caiu a ficha, que embora eu fosse paciente, não sabia me comunicar, apenas aquentava calado.
Desde então, abrimos um canal de comunicação, e aquela relação, que segundo eu, não duraria nem uma semana, perdurou por quase 5 anos. Mais uma vez, foi a Faculdade da Vida que me ensinou, que devo Acreditar nas Mudanças, Persistir nas Dificuldades e Aprender a me Comunicar Assertivamente para Contornar e Conviver Melhor na Adversidade.
Segundo Jean-Paul Sartre, “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”. Por isso, Supere seus Problemas e Contorne seus Conflitos – Seja Líder de Si Mesmo e um Expert das Relações.
Márcio Vaz
Palestrante, Psicólogo e Coach
www.marciovaz.net
PS: Compartilhe este artigo com uma pessoa querida, para que ela possa acompanhar esta e outras reflexões, cadastrando seu e-mail no link a seguir: http://eepurl.com/cbLNpT
#Palestras #Psicologia #Coaching #Comunicação #Superação #Motivação