MENTE INQUIETA – 4 Passos Para Acalmá-la.

Você tem uma mente inquieta? Encontra dificuldade para se concentrar ou manter o foco em uma atividade? Tem constantemente lapsos de memória? Se esquece do que ia falar ou pegar em algum lugar? Não raro, passa noites em claro sem conseguir dormir? Pois bem, se sua mente encontra-se agitada, recomendo que leia este texto, pois ele pode lhe favorecer de algum jeito.

Primeiramente, antecipo que estes 4 passos não servem como uma fórmula mágica ou engessada que vá atender e resolver todas as suas inquietações. Em segundo lugar, existem inúmeros passos que podem ser dados, para uma infinidade de fatores biopsicossociais que nos inquietam, mas só contemplei 4 dicas, para não me estender demasiadamente no texto. O meu intuito aqui, é apenas o de amenizar danos, respeitando a subjetividade humana. Logo, o fato de eu ter descrito passos, serve somente para que você possa testá-los e avaliar qual ou quais se encaixam melhor a sua realidade e perfil.

Também gostaria de lembrar, que uma mente inquieta, pode trazer suas vantagens, uma vez que nos incita a refletir sobre a vida. Por outro lado, pode nos gerar ansiedade, mas esta já faz parte da natureza humana, afinal, é natural que, ao experimentarmos situações adversas ou desbravarmos novas experiências, o coração acelere, a pressão se altere, o corpo gele ou estremeça, assim como, surjam sensações de nó na garganta, frio na barriga, mãos e pés suados ou gelados etc.

Estas sensações são reações emocionais causadas quando nos sentimos inseguros por não determos controle sobre os resultados. Trata-se de um mecanismo de defesa e proteção do organismo que nos envia um alerta para que possamos nos prevenir e/ou preparar em relação ao que ainda está por vir. (O desconhecido).

Vale ressaltar que, a inquietação cerebral em si, só passa a ser patológica, ao tornar-se uma sensação insuportável, com crises constantes de ansiedade ou insônia, que se apresentam de forma impeditiva para as atividades pessoais e/ou laborais. Nesses casos, faz-se necessário acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

No entanto, para os demais casos, em que a ansiedade incomoda, mas não nos impede de darmos continuidade as atividades do dia a dia, é que descrevo os 4 passos que, ao serem adotados, podem vir a nos auxiliar na redução da inquietude mental.

1º PASSO – MUDANÇA DE CONDUTA – Normalmente nos sentimos inquietos diante das adversidades. Torna-se comum, o ato de questionarmos o PORQUÊ de cada atribulação em nossas vidas. Porém, o risco desse questionamento é quando ganha contorno de vitimização – ao nos sentirmos injustiçados e lastimarmos o porquê de nada dar certo só com a gente etc. A grande questão aqui é perceber que a vida não é 100% previsível. Logo, estamos a perder tempo, presos a questionamentos que não irão nos trazer respostas plausíveis. Desse modo, a melhor forma de suprir a angústia e baixar a ansiedade é o AGIR. Ou seja, se movimentar para mudar a atual realidade. Até porque, se a postura e o contexto prevalecem, a inquietação permanece. Então a minha dica é AJA, pois um passo dado a frente, já nos gera um novo ângulo de visão. Para tanto, substitua o POR QUE aconteceu isso comigo? Pelos seguintes questionamentos – PARA QUE aconteceu? O QUE EU posso fazer em relação a isso? Assim, você verá que a sua inquietude irá passar, sempre que você virar a chave (superar os desafios).

2º PASSO – ESVAZIAMENTO DA MENTE – Geralmente, ficamos inquietos quando estamos extremamente atarefados ou atribulados com compromissos que requerem inúmeras decisões e ações. Estas atividades podem ser tanto de cunho pessoal, quanto profissional, nos atormentando à mente que fica ansiosa por termos, atualmente, uma péssima memória. Nesse caso, o segredo é pegar uma folha e uma caneta e passar para o papel tudo que lhe inquieta a cabeça. Pois assim, você estará Esvaziando a Mente, ao tirar do campo do abstrato os seus afazeres e torná-los visíveis. O próximo passo será o de organizar as atividades, colocando-as em uma agenda, com data e hora para serem executadas. Afinal, não devemos nos consumir por antecipação. O interessante desse passo, é que repassamos o acumulo de informações do cérebro, para o papel, transferindo a nossa falha memória, para uma agenda organizada que nos trará paz ao criarmos o hábito de refaze-la e observa-la diariamente.

3º PASSO – SENSAÇÃO DE DEVER CUMPRIDO – Esse passo também está contido no hábito de se fazer uma agenda, pois, um dos fatores que também nos causam bastante inquietude, é a nossa sensação de inutilidade ou improdutividade ao longo do dia. Ou seja, ao vermos o dia passar com a impressão de não ter feito nada. Às vezes, nos sentimos muito ocupados, mas pouco produtivos. Isso pode ocorrer por 2 MOTIVOS:

1º – Por não fazermos o que é prioridade para nós. Tem uma frase que diz: “Quem não tem agenda, torna-se agenda dos outros”. Quando não definimos nossas atividades do dia seguinte, tornamo-nos REFÉNS das DISTRAÇÕES como – WhatsApp, Facebook, Instagram, ou OCUPAÇÕES designadas pelos outros, como pegar o filho no colégio, depositar dinheiro no banco, pagar contas, levar carro na oficina, enfim, uma série de responsabilidades de quem está com “tempo livre” para resolver.

2º – Funciona como um mecanismo de auto sabotagem para nos desmotivar. Na verdade até resolvemos muitas das atividades que nos programamos, mas o fato de terem ficado algumas pendências, faz com que atribuamos maior peso ao que não foi feito. Daí já viu o resultado. Tudo que você foca, expande. Por isso, surgi a sensação de improdutividade que gera inquietação. Nesse caso, uma forma de amenizar é reconhecer e validar o que foi feito, ao riscarmos na agenda, cada tarefa desenvolvida. Você verá que ao longo e final do dia, surgirá uma sensação de – DEVER CUMPRIDO – a cada atividade riscada e problema resolvido. Quanto ao que ficou pendente? Reagende para o dia seguinte.

4º PASSO – DIMINUIR AS EXPECTATIVAS – Acredito piamente que, em alguns casos, sofremos mais pelas expectativas do que pela realidade dos fatos. Ter expectativas não é necessariamente algo ruim, afinal, nunca devemos perder a esperança. Porém, essa esperança não pode ser confundida com o ato de esperar. Pois, a meu ver, contrariando o ditado, acredito que, “quem só espera, quase nunca alcança”. Até mesmo porque, viver requer movimento. Ou seja, ninguém se alimenta, se não mastigar. No entanto, também não podemos nos inquietar ao querermos tudo para ontem. Compreenda que, todo processo é gradativo, o nosso desejo que é imediato. Porém, dê ao tempo a condição de germinar o seu plantio. Porque no fim, toda conquista vai depender do seu movimento e da sua persistência.

Márcio Vaz
Palestrante, Psicólogo e Coach
www.marciovaz.net

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