No universo das fábulas, conta-se a história da lebre e da tartaruga que nos faz refletir sobre o tempo e a relação entre intensidade versus consistência. Prestes a disputarem uma corrida, o coelho vangloriava-se da sua velocidade e a tartaruga confiava-se na sua resistência. Dada a partida, a lebre dispara na frente rapidamente e a tartaruga sai lentamente em direção a meta a ser alcançada (o ponto de chegada).
No meio do percurso, como a lebre mantinha vasta vantagem, resolveu parar para descansar. Porém, acabou dormindo e a tartaruga mesmo com seus passos lentos, recuperou a distância e ultrapassou a linha de chegada à sua frente. Como lição de moral, fica a reflexão de que: “Devagar se vai ao longe”.
Lógico que, se a disputa fosse num percurso curto de 100 metros, a tartaruga não teria a menor chance. No entanto, como o trajeto era longo, venceu a resistência e o foco. Assim acontece na nossa existência. Afinal, a vida não é uma corrida de 100 metros, mas sim, uma maratona que exige de nós muita consistência para não desistirmos do que nos propomos a Fazer.
Agora, a questão é: Quem de fato eu quero e devo ser para alcançar meus objetivos? Rápido e intenso como a lebre, ou confiante e consistente como a tartaruga? Bem, creio que não exista uma única resposta, porque podemos ser um mix de competências, respeitando nossas características e diferenças. Porém, tenho notado cada vez mais, que a consistência tem levado vantagem diante da intensidade, pois, recebo diariamente, clientes que relatam inúmeras e intensas tentativas sobre algo que é abandonado antes de ser alcançado.
Por isso, entendo que, rápido ou devagar, o importante mesmo é iniciar e realizar o seu objetivo – com persistência. Pois, mais relevante do que ter iniciativa, é gerar “acabativas”. Dar começo, meio e fim aos nossos projetos de vida. Para tanto, devemos começar o trajeto de qualquer jeito, sem desculpas ou justificativas, pois todos que se propuserem a caminhar numa mesma direção, uma hora chegarão ao mesmo lugar, ainda que em tempos diferentes. Logo, acredito, que mais interessante do que alcançar uma meta, é conseguir manter-se nela.
Nesse sentido, seguir em ritmo excessivamente acelerado, pode nos roubar a oportunidade de olhar para o lado e aproveitar o trajeto. Assim como, a extrema lentidão, pode adiar ou aniquilar as nossas realizações. O ideal mesmo é que cada um encontre seu ritmo e equilíbrio. Posto isto, mantenha-se sempre consistente, mas reavalie constantemente, se o seu passo está de acordo com o seu prazo e executado de forma sustentável.
Até porque, de que adianta perder peso rapidamente com a “dieta da alface”, se você não conseguirá passar o resto da sua vida só comendo folhas? Logo, fazer uma reeducação alimentar, manter uma boa disciplina de exercícios e cuidar dos seus aspectos emocionais, pode sustentar melhor os seus resultados a longo prazo.
É por isso que não adianta correr tanto, porque chegar antes não é sinônimo de sustentabilidade. A vida acaba sendo como uma viagem de carro, em que o excesso de velocidade pode representar um perigo. Nesse caso, já diz o ditado: “Antes tarde do que nunca”. O melhor mesmo é diminuir o giro para não correr riscos. Ou seja, o importante é chegar vivo.
São tantos os casos, que não existe uma fórmula específica. Cada pessoa deve ajustar o seu ritmo respeitando seus aspectos biopsicossociais (corpo, mente e contexto inserido). Devemos compreender ainda, a subjetividade humana e a relatividade do tempo para dele tirar o melhor proveito. Pois, não existe um padrão ideal entre correr e se arrastar, cabendo-nos através do autoconhecimento e da análise das circunstancias, saber a hora de acelerar e frear.
Enfim, caso você esteja cansado de recomeçar, é chegada a hora de parar de desistir. Aprenda a dar início, meio e fim aos seus projetos. Pois o tempo está passando e o seu prazo de validade acabando. Uma hora você irá olhar trás e se questionar sobre o que faltou para poder realizar seus sonhos? Logo, rápido ou devagar, respeite seu ritmo, mas não desista dos seus verdadeiros SONHOS, porque independentemente de cedo ou tarde, o mais importante será realiza-los.
Márcio Vaz
Palestrante, Psicólogo e Coach
www.marciovaz.net
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