O maior risco do medo, não é enfrentar o que se teme, mas deixar o tempo passar e só depois perceber que algumas oportunidades não voltam mais. O tempo perdido é o maior vilão – cuja percepção – é sempre tardia. Quando nos damos conta, já foi-se o tempo do sentimento não revelado, do perdão não solicitado, do sonho não realizado etc. Chegaremos aos 70 anos, olharemos para trás e nos questionaremos: “Como eu queria voltar no tempo para…?” Cada um com os seus porquês e “paraquês”, mas, para algumas situações, só nos restarão as frustrações.
E você, tem medo de que? No meu caso, eu tenho medo de morrer, mas, penso que, pior do que morrer, é deixar de viver. Por isso, mesmo com medo, sigo adiante, pois sei que não quero vir a me arrepender de não ter feito valer a pena a minha existência.
Tem muita gente que morre em vida por conta do medo. Com medo, não arrisca, não petisca e não se realiza. Confinada a se proteger, não percebe que deixou de viver. O tempo passa, a nossa garantia acaba, o prazo de validade vence e nós fizemos o que? Servimos para que? Qual legado deixamos? Como nos eternizamos? Fomos tão “passageiros” que esquecemos de “guiar” os nossos passos.
Uma pesquisa feita com bilionários que estavam no seu leito de morte, revelou que, ao serem questionados sobre o que mais queriam naquele momento? A maioria foi taxativa ao dizer que desejavam ter mais tempo, mas não para acumular mais dinheiro, e sim para enfrentarem seus medos. Medo de pedir perdão, de dizer que ama, de SER quem É ou FAZER o que QUER sem se preocupar com o que os outros vão pensar. Afinal, vivemos tão presos aos padrões, que em determinado momento nos perdemos ou esquecemos de quem somos.
Certa vez eu li que, às vezes, a vida pode sepultar mais do que a própria morte. Por isso, liberte-se e faça acontecer. Não confunda ser precavido, com reprimido. Previna-se, desde que se permita viver. Até porque, ser cauteloso não é sinônimo de medroso. Pois de que adianta viver 100 anos sem ter histórias que irá se orgulhar de contar. Desse modo, desde que sejam calculados os riscos, eu o desafio a escrever todo dia uma nova página do seu livro que lhe dê orgulho de estar vivo e construindo o futuro que deseja desfrutar.
Tenho um cliente que se valeu de uma frase motivacional para mudar o seu modo de encarar o mundo. Ao ouvir – “Se a caminhada está difícil, é sinal que você está no caminho certo” – passou a enfrentar seus medos por acreditar que sinalizavam o percurso da vitória.
Eu superei meus medos pela necessidade. Outros superam pelo peso do propósito etc. Cada um com suas razões. E você, vai vencer pelo que?
Enquanto alguns ficam na dúvida se devem ou não fazer algo. Outros vão lá e fazem. A questão é: Você vai viver para ver os outros realizarem seus próprios sonhos ou para realizar os seus?
A mesma força contra que você tem para enfrentar seus medos, muitos também têm. A diferença está que alguns decidem enfrenta-los. Logo, decida enquanto há tempo.
Márcio Vaz
Palestrante, Psicólogo e Coach
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