QUAL É O TAMANHO DO SEU PROBLEMA? Simplifique-o e aja.

Neste texto trago o relato de um acontecimento corporativo, mas que serve como exemplo a ser adotado em nossa vida como um todo. Convido-o a simplificar os seus problemas para tomar medidas mais adequadas.

Simplifique sua vida e seus problemas, passando a fazer o óbvio em vez de se lamentar e se dizer sem saída. Quando somos dramáticos ou pessimistas, tendemos a supervalorizar nossos problemas, levando a acreditar que, de tão grandes, são insuperáveis ou requerem medidas “proporcionalmente” extremas para serem resolvidos. Quanto MAIOR for a dimensão que dermos aos nossos problemas, MENOR será nossa iniciativa em querer solucioná-los. Pois nos gera uma sensação de impotência, pequenez e cansaço, diante de uma complexidade aparentemente intransponível.

Trago o relato de um episódio corporativo, que serve como exemplo a ser seguido, na vida como um todo.

Recordo-me de uma empresa aérea que ao se deparar com uma enorme crise financeira, resolveu reunir seus executivos para encontrar uma saída que evitasse a falência da companhia. Dentre as soluções apresentadas, foram levantadas: 1. O corte do efetivo direto, demitindo-se 1/3 do contingente; 2. Pedir concordata; 3. Vender a empresa para uma concorrente estrangeira; 4. Abrir nova linha de crédito, apesar das atuais dívidas só se acumularem etc.

Foram diversas as MEGAS MEDIDAS sugeridas para enfrentar uma crise sem precedentes, que requeria INTERVENÇÕES DRÁSTICAS. Até que, de repente, um diretor sugeriu que fossem cortadas as azeitonas das refeições.

A princípio, sua opinião foi motivo de piada, mas, após sua explanação, todos entenderam o fundamento da sua sugestão. Pois, embora uma azeitona soasse como um corte irrisório, diante da desastrosa realidade, cabia compreender que, muitas vezes, o pouco, pode ser muito, assim como, o menos, pode ser mais, ao se analisar o contexto como um todo. Afinal, quantas azeitonas eram servidas a cada voo, em cada refeição, ao logo de dias, meses e anos de serviços de bordo prestados pela companhia? Ao final de um ano, o investimento torna-se milionário. Logo, compreendeu-se que, o somatório de pequenas medidas, poderiam sanar um problema, sem a necessidade de se adotar ações drásticas, cujos danos e consequências, seriam irreparáveis para diversas famílias de funcionários demitidos.

Vale ressaltar também, que se formos parar para refletir sobre nossas ações de curto, médio e longo prazo, pode até ser que, as demissões, como medida de curto prazo, funcionassem, mas, ao se superar a crise a longo prazo, os gastos com: recrutamento de novos funcionários; seleções por competências; treinamentos; acompanhamentos e avaliações, sairiam bem mais caros do que se repor “azeitonas” nos pratos. Fora que, pensando-se agora, a médio prazo, ao se diminuir o contingente de uma empresa, tende-se a se deixar a desejar, na qualidade do atendimento, o que acarreta danos secundários.

Ou seja, mais uma vez, a médio ou longo prazo, medidas impensadas ou tomadas de decisões erradas, podem desencadear danos irreparáveis, sendo agora, os de outra natureza, não menos importante, como a reputação de uma empresa, que fica manchada, ao ser mal falada, por decair na qualidade do seu atendimento.

Desse modo, sempre que formos decidir quais ações devemos adotar para solucionar os nossos problemas, não devemos nos ater somente as atribulações do presente, mas igualmente, nos antecipar as consequências futuras, pois, valendo-se da analogia da companhia aérea, “nem sempre, vamos sentir a ausência de uma azeitona no prato, mas, geralmente, iremos repercutir por muito tempo, a nossa insatisfação, ao se esperar numa fila por horas, para ser atendido”.

Por isso, lembre-se que, às vezes, o menos é mais. Logo, simplificar a nossa vida, gera um olhar de praticidade diante de problemas que podem ser resolvidos ao se fazer simplesmente – o óbvio. Foi ignorante com alguém? Peça desculpas e não repita o erro. Quer restabelecer sua relação Amorosa? Convide para passear, viajar ou jantar e fortaleça o diálogo e as circunstâncias agradáveis. Está entediado com sua rotina e não tem dinheiro para sair? Usufrua do que é de graça e vá caminhar numa praia, parque ecológico, assistir um filme em casa com pipoca, bater bola ou papo com os amigos ou familiares etc. Encontra-se sem recursos financeiros para inovar na empresa? Seja criativo e explore novas ideias e práticas. Você está desempregado? Entregue currículos, peça indicações para os amigos, se capacite lendo livros, assistindo vídeos, fazendo treinamentos etc. Ou seja, movimente-se para ser visto, lembrado e contratado.

Enfim, como sempre digo – Quem reclama do que não pode fazer, deixa de fazer o que pode. Sendo assim, reclame menos e faça mais por você. Como disse Theodore Roosevelt – “Faça o que puder, com o que tiver, onde estiver”.

Independentemente das circunstâncias, seja criativo e esgote todas as possibilidades.

Márcio Vaz
Palestrante, Psicólogo e Coach
www.marciovaz.net

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