REFERÊNCIA INVERSA – Como Você Enxerga a Vida?

Seja em casa ou no trabalho, todas as pessoas, tornam-se referências, Sendo que algumas, de modelos a serem seguidos, outras, Referências Inversas, ou seja, modelos do que não se deve fazer. Atendo muitos clientes corporativos, cuja queixa principal, é a respeito do clima organizacional, pois se sentem desmotivados devido à má liderança e conflitos interpessoais. Como consequência desenvolvem baixa autoestima, insatisfação e ansiedade, o que leva ao adoecimento no trabalho, como a Síndrome de Burnout (alto nível de estresse e exaustão).

Tive uma cliente que me trouxe como meta, crescimento profissional e ascensão de carreira, mas, impunha como condição, que fosse em outra empresa, que não a dela, pois não “engolia” sua gerente direta que, segundo ela, não tinha nada a lhe acrescentar, uma vez que só a criticava e era centralizadora. Apesar do desanimo, reconhecia que trabalhava em uma organização que ofertava inúmeras oportunidades de crescimento, porém, sua aversão a líder, fazia com que ela tivesse 1001 motivos para querer sair de lá.

Ao se pensar em uma transição de carreira, muitos aspectos devem ser levados em consideração, dentre eles, uma pesquisa de mercado externo, para se analisar as possibilidades de recolocação. Como “passávamos” por um período de recessão, em que, o que mais se ouvia falar era sobre demissão, consideramos não ser prudente adotar alguma ação impensada (trocar o certo pelo duvidoso). Por isso, no intuito de mantê-la temporariamente na empresa, trabalhei com minha cliente, a reprogramação do seu MindSet (ressignificação dos fatos).

Como percebi sua baixa autoestima por se sentir perseguida e desvalorizada, pedi para que ela investigasse com seus colegas, que impressão traziam sobre tal liderança. Como eu suspeitava, a grande maioria apontou como falha, o retorno do feedback – considerando-a crítica demais e egocêntrica ao extremo, onde só ela fazia bem feito. Com esta revelação, mostrei para minha cliente, que o PROBLEMA não estava NELA ou com a qualidade do seu trabalho, mas sim, com o despreparo da líder que não sabia se comunicar de forma assertiva, ou seja, motivando e apontando as melhorias em vez de só criticar.

No entanto, apesar da minha cliente ter se sentido mais aliviada, persistiu com a ideia de sair de lá, reafirmando que a líder não tinha nada a lhe acrescentar. Foi aí que lhe apresentei, a minha visão de REFERÊNCIA INVERSA, mostrando para ela, que estava equivocada, uma vez que sua líder era sua maior aliada e benfeitora, pois, se não fosse o despreparo dessa liderança, ela jamais teria me procurado, além de que, se só recebesse elogios, talvez se acomodasse na função, sem nunca pensar em ascensão. Desse modo, despertei na consciência da minha cliente que, uma pedra no meio do caminho, pode se tornar uma oportunidade ou um entrave, a depender de como encaramos a situação.

A meu ver, a sua superior, não só a despertou para o crescimento, como também passou a ser uma grande referência, ao se observar, o que não se deve modelar.

Por fim, ela concluiu sua Sessão de Coaching – percebendo que sua líder foi o ponta pé inicial que ela precisava para querer crescer profissionalmente, além de ser uma Referência Inversa, que faria dela uma futura líder participativa, descentralizadora e dona de um feedback positivo e incentivador. Afinal, quando aprendemos a nos comunicar de forma assertiva, as críticas, quando bem colocadas, tornam-se construtivas.

A vida não é fácil, logo, não será mudando de emprego ou saindo de casa, que iremos nos capacitar e fortalecer para superar novos desafios. Outros contratempos virão e, corre o risco, do nosso comportamento, se manter o mesmo, ao fugirmos ou nos esquivarmos diante dos percalços. Por isso, antes de “abandonar o barco”, devemos adquirir as competências necessárias, para que, independentemente, de onde estivermos, saibamos lidar com os conflitos que a vida irá nos apresentar. No entanto, reconheça seus limites e só abrace o que estiver ao seu alcance. Pois, pior do que fugir de um problema, é adoecer por permanecer ao não reconhecer suas limitações.

E você, tem enfrentado ou fugido dos seus problemas? Tem aprendido ou se revoltado com as pessoas e situações adversas? Aproveite a vida integralmente, pois toda hora é hora de APRENDER.

Márcio Vaz
Palestrante, Psicólogo e Coach
www.marciovaz.net

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PS 2: Aos que já leram meu livro “Minha Boca, Meu Caminhar – Transformando Desafios em Oportunidades”, conhecem bem a história do meu ex-patrão, que foi promovido de vilão a herói, quando passei a enxergar o mundo e os outro com um novo olhar. As verdadeiras lições se dão, quando aprendemos a enxergar vida com o olhar de Gratidão. Adquira o seu exemplar em: http://www.marciovaz.net/livros

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